Brasília (DF)- No Dia Nacional de Controle e Prevenção ao Colesterol, celebrado em 8 de agosto, o Ministério da Saúde reforça a importância da conscientização da população sobre o colesterol alto, uma condição que está diretamente ligada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Essas doenças representam a principal causa de mortes no Brasil, resultando em mais de 350 mil óbitos anuais, de acordo com a pasta.
Entre a população adulta brasileira, cerca de 14% foram diagnosticados com níveis elevados de colesterol, conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2019).
Colesterol
O colesterol é uma substância gordurosa essencial para o corpo humano, sendo 70% dele produzido pelo fígado e os outros 30% adquiridos através da alimentação.
Apesar de ser necessário para o funcionamento do organismo, o excesso de colesterol, especialmente o LDL (lipoproteína de baixa densidade), pode se acumular nas paredes das artérias.
Esse acúmulo aumenta o risco de obstrução arterial, o que pode levar a infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outras doenças graves.
Por outro lado, o HDL (lipoproteína de alta densidade), conhecido como “colesterol bom”, ajuda a remover o colesterol das artérias, protegendo o coração.
Para combater o colesterol elevado e as doenças associadas, o Ministério da Saúde oferece medicamentos específicos na rede pública, tanto na atenção básica quanto especializada.
Entre os medicamentos disponibilizados estão a sinvastatina, atorvastatina e outros fármacos que ajudam a controlar os níveis de colesterol no sangue.
Além disso, a adoção de hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos, é fundamental no tratamento da dislipidemia, condição caracterizada pelo desequilíbrio nos níveis de colesterol e outros lipídios no sangue.
Cuidado com a saúde
A prevenção é um dos pilares do cuidado com a saúde cardiovascular.
O Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), mantido pelo Ministério da Saúde, monitora os fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como o colesterol alto.
Essa vigilância é essencial para a criação de políticas públicas eficazes que visam reduzir a incidência e a gravidade dessas condições na população.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que as crianças entre 2 e 8 anos com obesidade, diabetes ou histórico familiar de colesterol alto e doenças cardíacas realizem exames para medir os níveis de colesterol.
Além disso, toda criança entre 9 e 12 anos deve ser testada antes da puberdade. Esse monitoramento precoce é crucial para prevenir complicações futuras.
Em suma, o controle do colesterol é uma questão de saúde pública que exige a atenção de todos.
Medir os níveis de colesterol, adotar hábitos saudáveis e seguir o tratamento adequado são medidas fundamentais para preservar a saúde do coração e garantir uma vida mais longa e saudável