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Economia

Pesquisa revela que 46% dos brasileiros veem melhora na economia

A inflação continua preocupando e a maioria dos brasileiros (73%).
Foto: Montagem/Canva

São Paulo (SP) – Passados os primeiros seis meses do ano, os brasileiros veem melhora na economia, eles mantém a percepção de que o Brasil está melhor do que em 2023. Ao mesmo tempo, a maior parte da população ainda espera que a situação do país avance nos próximos meses, terminando o ano melhor do que começou.

A terceira edição da pesquisa RADAR FEBRABAN, feita no final do primeiro semestre, mostra que 46% avaliam que o país melhorou em relação a 2023, mesmo percentual da pesquisa de abril. Também é praticamente estável o contingente que acha que o país está igual ao ano passado: 31%, um ponto a mais que no levantamento anterior.

A mesma tendência de otimismo se verifica quanto à expectativa de melhora do país no restante do ano. Para 78% o país ou melhorará até o final do ano (55%) ou continuará da mesma forma (23%). Desde fevereiro de 2023, a perspectiva positiva da população diante do futuro permanece estável e acima dos 53% verificados em fevereiro de 2023.

Realizada entre os dias 28 de junho a 4 de julho, com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País, pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), o RADAR FEBRABAN mapeia a percepção e expectativa da sociedade sobre a vida, aspectos da economia e prioridades para o país. Além disso, mensura como a população percebe o endividamento e o uso do Pix.

A pesquisa também apura as opiniões de cada uma das cinco regiões brasileiras.

A inflação continua sendo preocupação dos brasileiros em 2024. Elevou-se para 73% o percentual da população que avalia que os preços dos produtos aumentaram ou aumentaram muito em comparação com os últimos seis meses. A percepção de queda dos preços, que chegou a 24% entre outubro e dezembro de 2023, reduziu-se a 9% em abril desse ano, ficando praticamente estável em julho (8%). O percentual dos que consideram que o quadro inflacionário permaneceu sem alterações é de 17%.

“O brasileiro chega no início do segundo semestre do ano mantendo a tendência de sentimentos positivos, porém, cautelosos em relação ao país. De um lado, mantém a percepção de que a situação está melhor do que antes e expressa esperança de que a situação do país vai melhorar. Mas, a pressão dos preços de algumas categorias de produtos e de serviços, que continuam impactando no seu bolso, refreia a expansão do otimismo”, avalia o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.

Brasileiros veem melhora na economia.

VIDA FAMILIAR

A avaliação de melhora da vida pessoal e familiar recuou. A opinião de que a vida pessoal e familiar está igual ao ano passado (42%) supera a de que está melhor (39%). A percepção de piora oscilou de 17% para 19% entre abril e julho.

A grande maioria dos brasileiros tem uma expectativa favorável quanto à vida pessoal e familiar até o final do ano. Quase sete em cada dez brasileiros (67%) apostam que sua vida pessoal e familiar irá melhorar no restante de 2024.

INFLAÇÃO

Os cinco itens que mais impactaram a inflação são os seguintes:

  • Preço dos alimentos e outros produtos de abastecimento doméstico, citado por 70% dos entrevistados;
  • O custo com os serviços de saúde privada e remédios com 33% das citações;
  • Preços dos combustíveis (24%);
  • Juros do cartão de crédito e dos financiamentos e empréstimos teve 11% das menções;
  • Serviços de educação (6%).

PROJEÇÕES DE AUMENTO NOS PRÓXIMOS SEIS MESES:

  • Impostos: 58% acreditam que haverá aumento;
  • Taxa de juros: 50% acreditam que vai aumentar;
  • Inflação e custo de vida: 59% apostam em aumento;
  • Endividamento das pessoas e famílias: 59% acreditam em aumento das dívidas;
  • Crédito das pessoas e empresas: para 36% dos brasileiros, haverá aumento do acesso;
  • Poder de compra das pessoas: 31% dos brasileiros confiavam no aumento do poder de compra;
  • Desemprego: a falta de vagas no mercado de trabalho deve aumentar, na opinião de 38% dos entrevistados;
  • Salários: 30% dos entrevistados afirmam acreditar em aumento salarial.

PRIORIDADES DA POPULAÇÃO

  • Saúde permanece a primeira preocupação (31%) como área prioritária para ações do Governo, na visão dos brasileiros;
  • Emprego e renda, inquietação central de 23% dos brasileiros;
  • Educação: 10% no ranking de prioridade;
  • Inflação e custo de vida também cravaram 10%;
  • Segurança permanece na quinta colocação, com 9% das citações;
  • Fome e pobreza com 4% das menções.

DESEJOS DA POPULAÇÃO

Mais da metade dos brasileiros (53%) investiria em moradia (comprar: 34%; reformar: 19%) caso tivesse recursos para isso. Em seguida, se houvesse sobras no orçamento, 46% aplicariam o dinheiro no banco (poupança: 21%; outros: 25%). Investimentos em educação pessoal ou da família vêm na sequência, com 12%.

  • A vontade de viajar manteve-se em 12%;
  • O desejo de comprar carro:  8%;
  • Fazer ou melhorar o plano de saúde: 8%,
  • Comprar eletrodomésticos e/ou eletrônicos: 5% das menções;
  • Comprar moto: 3%;
  • Fazer seguro de carro, casa, vida e/ou outros: 2%.

ENDIVIDAMENTO

A edição de julho mostra que é 38% a parcela de pessoas que acreditam que estarão menos endividadas esse ano do que estavam em 2023. Uma segunda parcela (36%) não vê perspectiva de alteração no endividamento, seja para mais ou para menos. Por outro lado, o número dos que apostam que estarão mais endividados no final 2024 no cotejo com o mesmo período do ano passado mantém relativa estabilidade, oscilando dois pontos para cima (de 21% para 23%).

Próximo de um terço (28%) dos brasileiros declara já ter aderido ou ter pretensão de aderir a algum programa de refinanciamento de dívidas, contra 63% que não o fizeram.

Quase um quinto (16%) tem a pretensão de fazer empréstimos nos próximos meses. A maioria (80%) não expressa esse interesse.

PIX

A aprovação do PIX pelos brasileiros se mantém em índices muito elevados. Em abril de 2023, essa forma de pagamento contava com a aprovação de 89% da população; em julho deste ano, 95% têm opinião favorável.

Há um ano 77% da população declaravam utilizar o sistema, enquanto desde o início deste ano esse volume permanece em 92%. Atualmente, apenas 8% dos brasileiros dizem não ter adotado o PIX, enquanto em abril de 2023 eram 22%.

O PIX mantém-se na melhor colocação quando os entrevistados são estimulados a avaliar os principais meios de pagamento ou transferência disponíveis no mercado. O PIX obteve nota 9,0. Dentre os meios avaliados, o cartão de débito e a TED oscilaram positivamente, mas mantendo suas posições, com notas, respectivamente, 8,4 e 6,4. Em seguida, o cartão de crédito obtém nota 7,9; e o tradicional cheque bancário tem nota 4,3.

Com informações da Assessoria

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