Manaus (AM) – Em decisão divulgada nesta quarta-feira (26), a Justiça do Amazonas determinou que não havia provas suficientes para levar a julgamento popular o empresário Joabson Agostinho Gomes e outros quatro acusados no caso do assassinato do sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães, ocorrido em 2021.
A decisão do juiz Fábio Lopes Alfaia resultou na impronúncia dos réus, ou seja, eles não serão acusados formalmente no Tribunal do Júri.
No entanto, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) anunciou que recorrerá da decisão, contestando a ausência de elementos para sustentar a impronúncia.
O crime ocorreu em setembro de 2021, quando o sargento Lucas foi executado dentro de sua cafeteria, no bairro Praça 14.
Silas Ferreira da Silva, o executor, confessou o crime e afirmou que uma funcionária do supermercado Vitória, de propriedade de Joabson, o contratou para matar o sargento, como parte de uma vingança ligada a um envolvimento extraconjugal entre Lucas e a esposa de um dos acusados

Sentença
A sentença do juiz Alfaia determinou que apenas Silas Ferreira da Silva, o autor do homicídio, permanecesse preso.
O juiz considerou Joabson e os outros envolvidos sem provas suficientes para levá-los ao Tribunal do Júri.
A decisão gerou indignação no MPAM, que defende que as evidências apresentadas.
Para o órgão, o depoimento de Silas e as provas são suficientes para que o tribunal do júri julguem todos os acusados.
O promotor de Justiça Márcio Pereira de Mello, responsável pelo caso, destacou que o depoimento do executor do crime deveria ser suficiente para levar os envolvidos à corte popular.
“Entendemos que a impronúncia não é uma medida justa, pois temos indícios claros de envolvimento de Joabson Agostinho Gomes, como mandante, e dos outros réus”, afirmou Mello.
O MPAM recorrerá da decisão para tentar reverter a impronúncia.
O órgão quer garantir que o Tribunal do Júri leve todos os envolvidos no caso a julgamento.
Curiosidade
A palavra ‘Jamaxi’ vem de origem indígena. É conhecido como o cesto, no qual, os seringueiros carregavam suas mercadorias.
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