Durante uma reunião com representantes de partidos na semana passada, a juíza Ana Lúcia Todeschini Martinez, titular do cartório eleitoral de Santo Antônio das Missões e Garruchos, Rio Grande do Sul, afirmou entender que a bandeira do Brasil será considerada propaganda eleitoral a partir do início oficial da campanha, no dia 16 de agosto.
Para a magistrada, o símbolo nacional tornou-se marca de “um lado da política” no país. Ela não citou o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas os apoiadores do chefe do executivo utilizam a bandeira como identificação desde as eleições de 2018.
A juíza explicou o seu entendimento, admitindo que este pode ser revertido pelo TRE ou pelo TSE após consultas dos partidos. Além disso, reforçou que não há mal nenhum nisso, mas durante as eleições ficará vetado por ser considerado propaganda eleitoral.
“É evidente que hoje a bandeira nacional é utilizada por diversas pessoas como sendo um lado da política, né? Hoje a gente sabe que existe uma polarização. De um dos lados há o uso da bandeira nacional como símbolo dessa ideologia política”, declarou Ana Lúcia.
Ana Lúcia lembrou ainda que a Copa do Mundo, quando as bandeiras do Brasil geralmente saem dos armários, ocorrerá em novembro neste ano, após o período eleitoral.