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Economia

Com investimento de mais de R$ 42 milhões, startups fortalecem bioeconomia na Amazônia

Dez startups da Amazônia que desenvolvem soluções inovadoras estarão na ExpoAmazônia BIO & TIC.

Com investimento de mais de R$ 42 milhões, startups fortalecem bioeconomia na Amazônia
Foto: Chef Beto Pinto / Divulgação

Dez startups da Amazônia, que desenvolvem soluções inovadoras para as cadeias de valor da bioeconomia, serão apresentadas ao público durante a ExpoAmazônia BIO & TIC, que ocorre nesta terça-feira, dia 28 de novembro, até quinta-feira, dia 30, em Manaus. Essas startups fazem parte do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), coordenado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), que representam mais de R$ 42 milhões de investimentos refletidos na geração de novos negócios e tecnologias de bioeconomia.

De maio a outubro deste ano, as startups com aporte do PPBio geraram faturamento de R$ 640.419,97, além de 356 empregos diretos, sendo 122 de mulheres. Os projetos são oriundos dos estados do Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia e Roraima. Além disso, geram forte impacto nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Os negócios incluem proteínas veganas à base de tucumã e açaí; couro amazônico feito do resíduo de pirarucu; vinagre de cupuaçu; certificação orgânica participativa do pirarucu de manejo; prensa artesanal para extração de óleo de pracaxi; cosméticos naturais com insumos amazônicos; abacaxi tipo exportação, com maior tempo de vida; revestimento comestível para embalagens; produtos de coquetelaria da floresta; e cervejas artesanais feitas a partir de frutas e resíduos amazônicos.

Proteína vegana com sabor da Amazônia

Uma das startups é a Amazônia Smart Food, idealizada pelo chef Beto Pinto e Priscila Almeida, cofundadora. Eles desenvolveram proteínas veganas a partir de insumos amazônicos como tucumã e açaí, que geram produtos como hambúrgueres, linguiças e almôndegas. A startup já produziu e comercializou mais de 15 mil unidades e tem pontos de venda em seis estados.

“Os alimentos veganos em geral apresentam uma baixa saudabilidade, uma vez que possuem em suas composições básicas alto teor de aditivos artificiais e são baseados em transgênicos. Já trabalhávamos com alimentação saudável e com conceito de alimentação inclusiva, e buscávamos desenvolver nesta linha algo que fosse saudável, saboroso e amazônico. Foi assim que desenvolvemos uma proteína vegetal à base de bioativos da Amazônia, 100% natural e saudável”, explica o chef Beto.

O negócio também cumpre seu viés de sustentabilidade, pois relaciona-se com mais de 24 comunidades agroextrativistas, com potencial de impacto de mais de 1.500 famílias e conservação de mais de 500 mil hectares de floresta. Para a ExpoAmazônia, a expectativa é atrair parceiros e investidores.

“O foco é atração de investimentos para nosso projeto, seja para tração dos produtos já validados, seja para o desenvolvimentos de novos parques que já estão no nosso radar, além de parcerias estratégicas”, afirma Priscila.

Cervejas artesanais

Idealizada pelo Instituto de Tecnologia de Software – ICTS Manaus, a startup de Cervejas Artesanais aproveita os frutos amazônicos para produzir bebidas com sabor e identidade da floresta. Em fase de desenvolvimento de fórmulas e receitas, o negócio usará cupuaçu,  açaí, cumaru e raiz de priprioca, além de maltes e lúpulos para criar cervejas artesanais.

“Identificamos lacunas no mercado relacionadas a esse tipo de produto, assim como tendências de consumo do público, então buscamos inovações para as cervejas artesanais, não só em sabores, mas também nos processos  de produção. Os consumidores buscam sabores únicos e autênticos e tendem a apoiar marcas com valores e histórias distintas. Este é o nosso foco”, explica a pesquisadora e consultora de assessoramento superior do ICTS Manaus, Siomara Rocha.

“Em nosso pitch da ExpoAmazônia, esperamos capturar a atenção do público, transmitir clareza e gerar interesse em investidores, parceiros de negócios, clientes ou qualquer pessoa interessada na proposta da nossa empresa”, completa.

Demoday

Os negócios inovadores se apresentam no Demoday do PPBio, que acontecerá na ExpoAmazônia, em busca de oportunidades de negócios e parcerias. Os pitches pretendem, ainda, ajudar a estimular conexões que favoreçam o fortalecimento do ecossistema de bioeconomia na Amazônia. A ação acontecerá no estande do Idesam, no primeiro dia do evento, 28 de novembro, às 16h com abertura e sequência de apresentações. Às 18h40 haverá espaço para networking entre os participantes e interessados em novos negócios.

Ordem de apresentação:

16h15 – 16h25 | Revestimento Comestível – Ifam Manaus

16h30 – 16h40 | Proteína Vegana – Startup Smartfood

16h45 – 16h55 | Nova Prensa Artesanal – Startup Inova Manejo

17h – 17h10 | Cosméticos Clean Beauty – Startup Amakos

17h15 – 17h25 | Certificação orgânica participativa do pirarucu de manejo – Instituto Mamirauá

17h30 – 17h40 | Coquetelaria da Floresta – Startup Da Cruz Destilados

17h45 – 17h55 | Abacaxi para Exportação – Instituto Iatecam

18h – 18h10 | Vinagre Orgânico de Cupuaçu – Startup Elevar

18h15 – 18h25 | Couro Amazônico – Startup Yara Couro

18h30 -18h40 | Cerveja artesanal – Instituto CTS

Sobre

A ExpoAmazônia Bio&TIC 2023 é uma realização da Associação do Polo Digital de Manaus (APDM), Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), Governo do Amazonas – por meio da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti-AM) -, Prefeitura de Manaus – por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi) e Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).

Além de discutir, integrar, consolidar e alavancar os polos de Bioeconomia e de Tecnologia da Informação e Comunicação da região como dois vetores econômicos viáveis e sustentáveis para a manutenção da floresta amazônica e para o desenvolvimento socioeconômico dos povos da Amazônia, a feira visa fortalecer os ecossistemas de Bio&TIC e integrá-los constantemente com os atores dos ecossistemas nacionais e internacionais de inovação.

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Curiosidade

A palavra ‘Jamaxi’ vem de origem indígena. É conhecido como o cesto, no qual, os seringueiros carregavam suas mercadorias.

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