O número de municípios em situação de emergência devido a cheia dos rios no Amazonas chegou a 35, nesta sexta-feira (20), segundo dados da Defesa Civil. Mais da metade dos municípios do estado. Situação de emergência é a classificação considerada de maior risco para a população, segundo a Defesa Civil do Estado.
Além dos 35 municípios em situação de emergência, o Amazonas também que tem um município em situação de atenção e 23 em situação de alerta.
Leia também
Amazonas busca reverter suspensão da Latam a três voos diretos para Manaus
De maneira geral, o acompanhamento, que é feito diariamente, tem três classificações: a de atenção, alerta e emergência.
De acordo com a Defesa Civil, os 35 municípios em situação de emergência recebem o reconhecimento legal de que estão passando por uma situação anormal provocada por desastres, no caso do Amazonas, a cheia, causando danos à comunidade. Atualmente, os municípios incluídos nessa classificação são:
- Calha do Juruá: Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé, Juruá, Carauari
- Calha do Purus: Boca do Acre, Lábrea, Canutama
- Calha do Madeira: Borba, Nova Olinda do Norte
- Calha do Alto Solimões: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, S. Antônio do Içá, Tonantins
- Calha do Médio Solimões: Japurá, Tefé, Uarini, Jutaí
- Calha do Baixo Solimões: Manacapuru, Careiro da Várzea, Caapiranga, Manaquiri, Anamã, Careiro
- Castanho, Iranduba
- Calha do Médio Amazonas: Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Autazes
- Calha do Baixo Amazonas: Boa Vista do Ramos, Maués, Barreirinha, Novo Aripuanã
Situação de atenção
No Estado, apenas o município de São Gabriel da Cachoeira está em situação de atenção. A classificação é utilizada quando há risco de um evento meteorológico ou hidrológico significativo e que seja imprevisível, como a cheia. Para essas regiões, a Defesa Civil formula um plano de ação para a ameaça.
Situação de alerta
Já em situação de alerta são 23 municípios. Para a Defesa Civil, essa classificação tem como finalidade alertar sobre um perigo ou risco a curto prazo. Nesses lugares, o órgão faz o monitoramento em tempo real, por meio das estações que medem quantidade de chuva ou nível de um córrego ou rio.
- Calha do Purus: Tapauá, Beruri, Pauini
- Calha do Alto Solimões: S. Paulo de Olivença, Amaturá
- Calha do Médio Solimões: Fonte Boa, Maraã, Alvarães, Coari
- Calha do Baixo Solimões: Codajás, Anori
- Calha do Médio Amazonas: Presidente Figueiredo, Silves, Urucurituba, Itapiranga
- Calha do Baixo Amazonas: Nhamundá, Urucará, S. Sebastião do Uatumã, Parintins
- Calha do Rio Negro: Manaus, Novo Airão, Barcelos, S. Isabel do Rio Negro
Famílias afetadas
Segundo informações colhidas do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do qual a Defesa Civil faz parte, 320.222 pessoas e 80.056 famílias já foram afetadas pela cheia.
Para tentar conter os danos, o Governo Estadual regulamentou um auxilio enchente, que destina R$ 300 para famílias afetadas diretamente pela cheia. O auxilio é direcionado somente aos 26 municípios que decretaram situação de emergência.
O benefício é destinado a pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos, limitados a um contemplado por núcleo familiar.
*com informações g1 AM