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Cotidiano

Banhistas são flagrados descumprindo interdição da praia da Ponta Negra, em Manaus

Mesmo com 30 placas sinalizando a interdição da praia da Ponta Negra para banho, cerca de 30 pessoas foram retiradas da água pela comissão do complexo turístico.

Banhistas são flagrados descumprindo interdição da praia da Ponta Negra, em Manaus
Banhistas são flagrados descumprindo interdição da praia da Ponta Negra, em Manaus - Foto: Phil Limma / Semcom e Divulgação / Implurb

Mesmo com 30 placas sinalizando a interdição da praia da Ponta Negra para banho, em razão de medidas de segurança, e de uma barreira com cerquite para impedir o acesso à área para entrada no rio Negro, desde o feriado até este domingo, de 12 a 15/10, cerca de 30 pessoas foram retiradas da água pela comissão do complexo turístico.

A Prefeitura de Manaus reforça a interdição da praia para o banho, em razão da extrema vazante que atinge o Estado, em 2023. A interdição está em vigor desde o dia 2 de outubro. No último dia 13 de outubro, a cota do rio Negro estava na marca de 13,91 metros, apenas 28 centímetros de bater o recorde de vazante registrado em 2010.

A retirada dos banhistas, que se colocam em risco não atendendo aos avisos, foi feita com apoio da Guarda Municipal, com a equipe da base Oeste, no auxílio da orientação para a proibição de banho no balneário.

Na última segunda-feira, 9/10, a praia recebeu um cerquite para delimitar fisicamente a área de interdição para banhistas, com sinalização, tendo 1,20 metro de altura e 1.500 metros de extensão. Essa limitação física é para impedir a passagem e conscientizar pessoas que insistem em tomar banho no rio, no trecho interditado.

“Temos 30 placas informativas, em destaque vermelho, espalhadas pela praia sobre a proibição de uso da praia para o banho, em diversos pontos da faixa de areia e nos acessos. E ainda tem a cerca, mas, infelizmente, tem pessoas que insistem em não atender e se colocar em risco, inclusive com crianças. Pedimos, novamente, o apoio da população para respeitar a interdição até que a cheia do rio se normalize. É um tempo de exceção e a estiagem afeta a todo o Estado”, explicou o coordenador da comissão, Alberto Maciel.

A decisão de interditar a praia para o banho, em razão de segurança e de prevenção contra afogamentos, ocorre devido à proximidade entre o fim do aterro perene e o leito natural do rio, que pode apresentar alterações no terreno, como buracos, desníveis e depressões.

O prefeito David Almeida assinou o decreto 5.697, no dia 2 de outubro, sobre a medida. A interdição considera as normas de uso da praia perene, definidas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela prefeitura junto ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), com órgãos municipais e estaduais signatários do compromisso, incluindo Corpo de Bombeiros do Amazonas (CB-AM) e Polícia Militar.

De acordo com a cláusula 1, parágrafo 3º, a “interdição automática do uso da praia ocorrerá sempre que os laudos e/ou relatórios a que se referem os parágrafos anteriores comprovarem que a praia encontra-se imprópria para o uso dos banhistas”.

Durante a interdição, o banho no rio fica proibido. A faixa de areia da praia da Ponta Negra está ampliada com a grande descida das águas e seguirá acessível, para uso de atividades esportivas e recreativas, assim como o funcionamento de todo o calçadão e demais estruturas do complexo. No momento, em razão da fumaça, a prática esportiva ao ar livre deve ser evitada.

El Niño

Com a atuação do fenômeno El Niño, que ocorre no oceano Pacífico Equatorial e traz para a Amazônia consequências no processo de vazante extrema devido ao prolongamento e intensidade da seca.

Os corpos permanentes de segurança, incluindo da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), com a Guarda Municipal, ciclopatrulha, a Polícia Militar e bombeiros atuam no monitoramento da praia e na segurança dos banhistas, bem como na segurança e manutenção do patrimônio de todo o complexo. Equipes da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) reforçam os serviços de limpeza e higiene do calçadão e da praia perene.

Na última interdição por conta da seca dos rios, ocorrida em 2015, a praia foi interditada por medida de segurança quando o rio Negro ficou abaixo da cota de 16 metros, após análise, laudo e relatórios de órgãos responsáveis, comprovando que a mesma não se encontrava própria para banho, naquela época.

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