Manaus (AM) – Em 2023, a telefonia no Amazonas mostra uma predominância dos celulares sobre os fixos.
Aproximadamente 95,6% dos domicílios tinham algum tipo de telefone, com 95,4% possuindo telefone móvel e apenas 2,2% com telefone fixo.
A presença de telefones fixos caiu drasticamente de 8,4% em 2018 para 2,2% em 2023.
É o que revelou nesta sexta-feira (16/08), dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Telefones e celulares no Amazonas
Dos 1,2 milhões de domicílios no Amazonas, 1,1 milhão tinha telefone em 2023.
A grande maioria, 95,4% dos lares, contava com telefones celulares, evidenciando a popularidade desses dispositivos.
No entanto, os telefones fixos convencionais estavam presentes em apenas 28 mil domicílios, o que representa apenas 2,2% do total.
Apesar da alta cobertura, 4,4% dos domicílios, equivalentes a 153 mil pessoas, ainda não possuíam nenhum tipo de telefone.
Isso demonstra que, apesar da ampla adoção dos celulares, uma pequena parcela da população ainda enfrenta barreiras no acesso à comunicação.
Evolução e mudanças
Entre 2018 e 2023, a proporção de domicílios com telefone no Amazonas aumentou significativamente, passando de 91,1% para 95,6%.
Esse crescimento foi impulsionado quase exclusivamente pela expansão dos telefones móveis, que subiram de 90,4% para 95,4% dos lares.
Por outro lado, a presença de telefones fixos caiu de 8,4% para apenas 2,2%, refletindo uma mudança clara no perfil de comunicação dos amazonenses.
A combinação de telefone fixo e móvel, que era de 7,7% em 2018, caiu para apenas 2,1% em 2023.
Esta mudança sublinha a preferência crescente por dispositivos móveis e a diminuição da relevância dos telefones fixos.
Ausência de telefonia móvel
Para os 741 mil amazonenses de 10 anos ou mais que não possuem um telefone móvel, o principal motivo é o custo elevado do aparelho ou do serviço, afetando 301 mil pessoas, ou 40,6% desse grupo.
Outras razões incluem a falta de necessidade de um telefone celular, mencionada por 21,3% (158 mil pessoas), e a preferência por usar o telefone de outra pessoa, relatada por 16,7% (123 mil pessoas).
Questões como falta de habilidade para usar o telefone (10,5% ou 78 mil pessoas) e preocupações com privacidade ou segurança (4,8% ou 36 mil pessoas) também são fatores que contribuem para a ausência de telefonia móvel.
Um pequeno grupo (4,0%) citou a indisponibilidade do serviço nos locais que frequentam como motivo, e 2,2% mencionaram outros motivos não especificados.
Faixa etária do uso de Celulares
A posse de telefones celulares entre os amazonenses varia significativamente por faixa etária.
O grupo de 30 a 39 anos lidera com 20,5% dos usuários de celulares, seguido pelo grupo de 40 a 49 anos, que representa 18,4% dos usuários.
Juntos, esses grupos correspondem a quase 40% dos usuários de celular no estado.
Entre os mais jovens, a posse é menor, com apenas 3,8% dos usuários na faixa etária de 10 a 13 anos e 12% entre 14 a 19 anos.
Entre os idosos com 60 anos ou mais, 10,5% possuem um celular, totalizando 294 mil pessoas. Isso demonstra uma alta adoção entre os adultos, enquanto a penetração entre jovens e idosos é relativamente menor.