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Total de mortes por cólera sobe 71% em nível global, revela OMS

OMS aponta risco global e urgência na atuação para reduzir óbitos da doença

Deslocamento populacional e desastres naturais também contribuíram para aumentar surtos da cólera no ano passado
Deslocamento populacional e desastres naturais também contribuíram para aumentar surtos da cólera no ano passado. Foto: Unicef/Hasan Belal

ANova Iorque (EUA) – A Organização Mundial da Saúde, OMS, registrou uma alta de 13% nos casos e 71% de óbitos por cólera em 2023, em relação ao ano anterior.

Estima-se que mais de 4 mil pessoas tenham perdido a vida somente no ano passado devido à doença prevenível e facilmente tratável.

Crianças menores de cinco anos

As Estatísticas globais de cólera para 2023 revelam que 45 países relataram casos, sendo que 38% deles estiveram associados a crianças menores de cinco anos.

OMS anunciou o corte do regime padrão de vacinação de duas doses administradas em campanhas de resposta para uma única para alcançar e proteger mais pessoas.
Moçambique é o único país lusófono na lista de nações que notificaram uma alta de pacientes, incluindo Etiópia, Haiti e Zimbabué.
O estudo chama a atenção para a ocorrência de grandes surtos, com mais de 10 mil infecções suspeitas ou confirmadas, em nações como Afeganistão, República Democrática do Congo, Maláui e Somália.
Em 2023, mais de 270 mil homens foram afetados e 257 mil mulheres sofreram de cólera em nível global.

Aumento dos surtos de cólera

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus listou fatores que contribuíram para o aumento dos surtos como conflito, mudança climática, água e saneamento inseguros, pobreza e deslocamento.

OMS adverte sobre o risco global “muito alto” de expansão da cólera
OMS adverte sobre o risco global “muito alto” de expansão da cólera . Foto: © Unicef

Outra questão importante foi o deslocamento populacional causado pelos confrontos emergentes e reemergentes.

Os desastres naturais também contribuíram para aumentar surtos no ano passado.

A análise aponta ainda uma mudança na distribuição geográfica da cólera de 2022 para 2023.

Houve uma redução de 32% nos casos relatados no Oriente Médio e na Ásia, e um aumento de 125% na África.

Em várias nações do continente africano aumentou a proporção de mortes na comunidade, indicando lacunas no acesso ao tratamento.

Graves lacunas no acesso ao tratamento

Neste ano, pelo menos 13 países confirmaram óbitos por cólera fora das unidades de saúde, conhecidas como “mortes na comunidade”.

Além disso, em cinco dessas situações houve mais de um terço dos óbitos destacando graves lacunas no acesso ao tratamento e a necessidade de fortalecer a resposta comunitária.

agência da ONU revelou que surtos ativos da doença acontecem atualmente em 22 países
A agência da ONU revelou que surtos ativos da doença acontecem atualmente em 22 países. Foto: Unicef/Jospin Benekire

A agência da ONU revelou que surtos ativos da doença acontecem atualmente em 22 países.

Os dados preliminares até 22 de agosto mostram que, embora o total relatado este ano seja menor do que no ano passado, mais de 2,4 mil mortes e 3,4 milhões casos foram contabilizados em todos os continentes.

 Vacinação de duas doses

Um dos maiores desafios das autoridades é a demanda crescente por materiais para combater a cólera, como vacinas orais.

Além de testes de diagnóstico e medicamentos essenciais incluindo sais de reidratação oral e fluidos intravenosos.

Em 2022, a OMS anunciou o corte do regime padrão de vacinação de duas doses administradas em campanhas de resposta para uma única para alcançar e proteger mais pessoas com suprimentos limitados.

A estratégia ajudou a alcançar um recorde de 35 milhões de doses fornecidas no ano passado.

A OMS adverte sobre o risco global “muito alto” de expansão da cólera e pede urgência para diminuir mortes e conter surtos nos países.

Curiosidade

A palavra ‘Jamaxi’ vem de origem indígena. É conhecido como o cesto, no qual, os seringueiros carregavam suas mercadorias.

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