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Economia

Desemprego atinge 6,9%, menor taxa para junho desde 2014, aponta IBGE

Número de empregados no setor privado foi recorde no trimestre, com 52,2 milhões de trabalhadores.

Desemprego atinge 6,9%, menor taxa para junho desde 2014, aponta IBGE. (Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícia)
Alta da ocupação foi puxada pelo Comércio, pela Educação e pela atividade de Informação e Comunicação (Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícia)

No trimestre encerrado em junho de 2024, a taxa de desocupação caiu para 6,9%. Esta é a menor taxa para um trimestre encerrado em junho desde 2014.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31/07) pelo IBGE.

Com isso, o indicador fica abaixo da metade da maior taxa da série histórica da Pnad Contínua, de 14,9%, observada no trimestre encerrado em março de 2021, durante a pandemia de Covid-19.

A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A pesquisa abrange 211 mil domicílios por trimestre.

Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal.

A coleta de informações, que foi feita por telefone durante a pandemia, voltou a ser presencial em julho de 2021.

Novo recorde

A população ocupada atingiu novo recorde da série histórica, chegando a 101,8 milhões.

O total de trabalhadores do país cresceu 1,6% no trimestre, representando um aumento de 1,6 milhão de pessoas.

Além disso, houve um crescimento de 3,0% no ano, acrescentando 2,9 milhões de pessoas.

Novamente, o número de empregados no setor privado foi recorde no trimestre, com 52,2 milhões de trabalhadores.

O crescimento foi impulsionado por novos recordes nos contingentes de trabalhadores com carteira assinada (38,4 milhões) e sem carteira assinada (13,8 milhões).

Já a população fora da força de trabalho permaneceu em 66,7 milhões, sem variações significativas.

Carteira assinada

Segundo o Caged, divulgado na última terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o número de novos empregos com carteira assinada no primeiro semestre de 2024 chegou a 1,3 milhão.

A Pnad do IBGE mostrou que a população desocupada caiu para 7,5 milhões de pessoas.

Além disso, houve reduções de dois dígitos nas comparações trimestral e anual, com quedas de 12,5% e 12,8%, respectivamente.

Este foi o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

Atividades em alta

Na comparação trimestral, as três atividades com alta na ocupação foram Comércio, Administração Pública e Informação e Comunicação.

Esses setores absorvem grande contingente de trabalhadores, contribuindo para o crescimento da remuneração e do nível de ocupação de diversos segmentos no mercado de trabalho.

Rendimento médio

O rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.214 no trimestre encerrado em junho. Além disso, houve uma alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual.

Consequentemente, a massa de rendimentos chegou a R$ 322,6 bilhões, estabelecendo um novo recorde da série histórica.

Entretanto, a população desalentada recuou para 3,3 milhões no trimestre encerrado em junho de 2024, sendo esse o menor contingente desde junho de 2016.

Além do mais, houve quedas de 9,6% no trimestre e 11,5% no ano. Portanto, o percentual de desalentados na força de trabalho foi o menor desde maio de 2016.

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