Manaus (AM) – O dia 5 de setembro de 1850 marcou um ponto de virada na história do Amazonas, quando o Imperador Dom Pedro II decretou a elevação da região à condição de unidade administrativa autônoma dentro do Império Brasileiro. Esse ato, que separou o Amazonas do Grão-Pará, permitiu maior autonomia política, abrindo caminho para o desenvolvimento econômico e social, em um momento de transformações profundas no Brasil.
Com a Proclamação da República em 1889, o Amazonas, então já estruturado como província, transformou-se em estado, integrando-se à nova configuração federativa do país. Nesse período, o ciclo da borracha trouxe grande prosperidade à região, tornando Manaus um símbolo de modernidade e desenvolvimento na Amazônia. A riqueza gerada por esse comércio fomentou investimentos em infraestrutura e cultura, como a construção do famoso Teatro Amazonas.
Durante o século XX, o Amazonas enfrentou desafios econômicos após o declínio do ciclo da borracha, mas continuou a evoluir, com novos ciclos econômicos e a criação da Zona Franca de Manaus, em 1967. Esse modelo incentivou a industrialização e a atração de investimentos, marcando um novo período de crescimento, que persiste até hoje, destacando o estado como um dos principais polos de desenvolvimento sustentável na região amazônica.
Atualmente, o dia 5 de setembro é lembrado não apenas como o marco da autonomia administrativa do Amazonas, mas também como um símbolo de sua capacidade de adaptação e reinvenção. Desde sua elevação, a trajetória do estado reflete um contínuo esforço para equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental, consolidando-se como um exemplo de diversidade e resistência na história do Brasil.